Você acha que as pessoas trabalham porque gostam ou porque precisam? O que você acha que motiva as pessoas irem trabalhar todos os dias? Acha que as pessoas deveriam valorizar e terem prazer em trabalhar ou apenas fazerem isso pelo dinheiro?
É com esses questionamentos que iniciamos explicando que a Teoria X e Teoria Y foram criadas pelo economista e psicólogo norte americano, Douglas McGregor, na década de 50.
Ambas tratam sobre o comportamento e as motivações do ser humano dentro das Organizações, mais especificamente no ambiente de trabalho.
Elas representam duas atitudes diferentes que as pessoas podem adotar dentro das empresas. Basicamente trabalham em cima de dois pontos de vista distintos que somente as pessoas de fora percebem sobre perfis de personalidade, caráter e comportamento de colaboradores.
Em uma das teorias a pessoa não gosta muito de trabalhar, não cumpre suas tarefas da forma que deveria, é considerado preguiçoso. Na outra, a pessoa é bem responsável com as suas atividades e faz de tudo para se destacar no cargo dentro da empresa.
Esses conceitos antagônicos são muito estudados por alunos dos cursos de administração. Leia atentamente este artigo para entender melhor sobre as teorias X e Y.
Por que são chamadas de Teoria X e Teoria Y
Geralmente as Teorias X e Y são mencionadas juntamente com o nome do seu criador, McGregor. uanto a “X e Y”, o psicólogo apenas não sentiu a necessidade de definir essas teorias com um nome específico, afinal ele não quis julgar uma ou outra de acordo com as suas características. Além disso, ele não queria de forma alguma, criar algum tipo de preferência em cima das teorias. Então chegou a conclusão de que ambas receberiam o nome de Teorias X e Y de McGregor.
O que nós podemos deixar claro, é que as duas teorias são bem diferentes uma da outra e que por isso, geram atitudes, resultados e consequências também distintas.
O que dizem as teorias X e Y?
O economista diz sobre a Teoria X, que os focos de funcionários e das organizações batem de frente, não se entendem, já que cada lado pensa somente em si e eles são motivados por meio das questões externas. Nessa categoria as pessoas pensam e sentem.
Já a Teoria Y, está ligada ao homem ambicioso, que gosta de ter responsabilidades e executá-las da melhor forma possível. As pessoas que se encaixam nessa teoria querem crescer e evoluir profissionalmente. Aqui as pessoas já partem para a ação, então elas agem bem mais.
De acordo com o próprio McGregor, se você acha que os seus funcionários não curtem muito seu trabalho e eles têm pouca motivação para trabalhar, então você deverá aplicar um método de autoridade. Se referenciando a Teoria X.
Mas se você acha que seus funcionários gostam do seu trabalho e o valorizam, então você deverá adotar um método mais participativo. Denominando para a Teoria Y.
É nítido que ambas as teorias são realmente bem diferentes, e existem grupos de pessoas que se identificam com cada uma delas. Vamos entendê-las melhor separadamente.
Teoria X
“O trabalho é em si mesmo desagradável para a maioria das pessoas.”
Na Teoria X denominada de “Hipótese da mediocridade das massas”, a organização quer que seus funcionários executem as tarefas de acordo com o que ela denomina, sem se importar com o que a pessoa acha ou deixar de achar. Por isso, esses funcionários não curtem muito trabalhar e fazem suas atividades por obrigação. As consequências são resultados bem baixos e fora da meta.
Nessa teoria os funcionários não têm vontade e tentam evitar o trabalho sempre que conseguem. Muitas vezes fazem suas atividades de qualquer jeito e no final não sai bem feito. Por isso, elas são realmente obrigadas a executar as tarefas sob constantes ameaças, serem forçadas, para que saia um trabalho de qualidade.
Esse é o tipo de ser humano que não gosta de criar responsabilidades, prefere caminhar sobre cobranças e que os gestores os dirijam totalmente. Eles querem ter um tipo de “segurança”. Aqui os líderes precisam ditar as regras, colocar penalidades e determinar tempo para que as demandas sejam entregues.
Teoria Y
“O trabalho é tão natural como o lazer, se as condições forem favoráveis”.
Na Teoria Y, as pessoas sentem prazer em trabalhar, elas dizem que o trabalho pode ser algo tão bom e prazeroso quanto às outras tarefas que fazemos, como o lazer por exemplo. Os funcionários se sentem motivados, desde que a Organização ofereça boas condições de trabalho.
Para as pessoas que se encaixam nessa teoria, o trabalho é tão natural quanto à execução de quaisquer outras tarefas, eles fazem de forma otimizada e sem reclamar em nenhum momento. São engajados, dão o melhor de si, são participativos e proativos.
Os profissionais não precisam de muito para estar motivados e realizar as tarefas com excelência, técnicas de ameaças, castigos não precisam ser aplicadas nessa teoria. Além de cumprir suas obrigações, eles ainda buscam novos meios de ficarem por cima e à disposição.
O que podemos concluir sobre as Teorias X e Y
É importante que a organização trabalhe em conjunto com os colaboradores com comportamentos mais associados à Teoria X. Assim será possível criar soluções favoráveis de engajamento, ouví-los e procurar sugestões de melhorias, para que juntos deem a volta por cima e consigam encontrar um ponto de interesse comum para ambas as partes. Uma possível alternativa seria reestruturar a política de benefícios da organização, ou ainda buscar formas alternativas de manter os colaboradores motivados, buscando a predominância da Teoria Y.
Para que isso aconteça, é importante que os dois lados esclareçam seus pontos de vista, sejam sinceros, entendam o lado de ambos, respeitem as diferenças e formas de pensar e assim consigam encontrar soluções em conjunto.
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Muitos gestores tentam manter um equilíbrio entre as teorias X e Y dentro das organizações, mas é algo quase impossível, sempre uma se sobressai mais que a outra.
Então conheça melhor a equipe que trabalha com você e saiba quais são as formas de gerenciamento que melhor se aplicam e quais os lugares certos que você deverá usá-las. Mas que uma coisa fique clara, o sucesso só vai vir com o trabalho em equipe e se as necessidades e demandas de cada um forem compreendidas e trabalhadas.
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