Dentro do assunto de Diagnóstico Estratégico encontra-se a Análise Interna e Externa da empresa. Os componentes desta análise são:
Variáveis Internas e controláveis | Pontos Fortes | Propiciam uma condição favorável no que diz respeito ao próprio ambiente da empresa. São características que auxiliam a empresa a atingir a sua missão e a torná-la mais respeitada e competitiva. Ex.: produto de grande procura; produtos confiáveis por sua qualidade; bom relacionamento com os clientes; gestão competente. |
Pontos Fracos | São variáveis que desfavorecem a organização em relação ao seu ambiente. Ex.: Falta de capacidades técnicas; produtos não conhecidos pelo mercado; problemas de qualidade; comercialização ineficiente. |
|
Variáveis Externas e não controláveis | Oportunidades | São variáveis que podem que surgem no ambiente externo e que podem favorecer a organização, caso ela assim deseje e se interesse por usufruir as oportunidades. Ex.: mudanças nas condições do mercado que favorecem a empresa, como câmbio, taxa de juros, preço de commodities que intereferem na empresa, entre outros; surgimento de novas tecnologias no mercado, que possibilitam a inovação em produtos. |
Ameaças | Condições externas que criam um ambiente desfavorável à organização. Ex.: evoluções tecnológicas que tornam obsoletos os produtos; políticas de livre comércio, que podem aumentar a concorrência interna, dificultando o ambiente para as empresas nacionais. |
Análise interna e externa: matriz SWOT
Neste contexto, a análise SWOT é uma ferramenta de planejamento estratégico utilizada para realizar a análise de cenários de uma organização, baseada em fatores internos e externos. O termo SWOT vem do inglês Strenghts, Weaknesses, Opportunities e Threats, ou seja, Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças (também conhecido por matriz FOFA).
Notas: Matriz SWOT, onde as forças e fraquezas fazem parte do ambiente interno; as oportunidades e as ameaças fazem parte do ambiente externo; as forças e as oportunidades favorecem a organização, enquanto as fraquezas e as ameaças prejudicam a empresa.
|
Podemos também criar uma matriz da análise interna vs a análise externa, identificando diferentes tipos de estratégias para cada situação da matriz:
Análise Externa
|
|||
Ameaças
|
Oportunidades
|
||
Análise Interna |
Pontos Fracos |
Desativação¹ ou Sobrevivência²:
risco acentuado |
Melhoria¹ ou Crescimento²:
aproveitamento potencial |
Pontos Fortes |
Enfrentamento¹ ou Manutenção²:
risco enfrentável |
Aproveitamento¹ ou
Desenvolvimento²: domínio da empresa |
|
Notas: ¹ Chiavenato (2006) e ² Rebouças (2010). |
Tipos de Estratégias
a) Estratégia de desativação ou sobrevivência
Ocorre quando o ambiente e a empresa em si encontram-se em situação ruim, desfavorável. Medidas básicas utilizadas nesta situação são:
- redução de custos: reduzir pessoal, níveis de estoque, diminuir compras, efetuar leasing de equipamentos, procurar aumentar a produtividade, entre outros.
- desinvestimento: quando a empresa possui conflito entre produtos próprios ela pode realizar o desinvestimento daquela área que está comprometendo o restante da organização.
b) Estratégia de melhoria ou crescimento
A predominância por parte interna da empresa é de pontos fracos, no entanto o ambiente externo favorece a organização com oportunidades. Quando a empresa encontra-se nesta situação cabe à ela usufruir desta situação externa favorável e fortalecer seu ambiente interno. Medidas possíveis são:
- inovação: desenvolvimento e lançamento de novos produtos, serviços, tecnologias.
- internacionalização: incluir seus produtos e serviços em outros países diferentes do país de origem da empresa.
- joint-venture: junção de duas empresas, onde uma entra com a tecnologia e outra com o capital.
c) Estratégia de enfrentamento ou manutenção
No ambiente, a predominância é de ameaças. Contudo, a organização possui uma série de pontos forte que a possibilitam utilizar estratégias com o propósito de manter sua situação no mercado. Nesta situação a empresa pode utilizar-se das seguintes estratégias:
- de estabilidade: a empresa procura manter o desequilíbrio gerado pelo mercado.
- de nicho: a organização concentra seus esforços em dominar um determinado nicho para preservar vantagens competitivas.
- de especialização: foco em determinados produtos, serviços, atividades. Uma empresa que adota esta estratégia tende a ter seus custos unitários reduzidos por aumentar a quantidade de produção de determinado produto. No entanto, ao concentrar seus esforços em um único ou em poucos produtos ou serviços, a empresa passa a ficar mais vulnerável, principalmente se novos fatores externos vierem a prejudicar o foco que resolveu adotar.
d) Estratégia de aproveitamento ou desenvolvimento
Esta é a melhor situação possível para a organização, pois esta possui predominância de pontos fortes no ambiente interno e oportunidades no mercado. Cabe à empresa aproveitar as oportunidades e enfatizar seus pontos fortes. Neste nível a empresa pode buscar por desenvolver-se nos ambientes mercadológico e tecnológico, buscando novos clientes e participação em novos mercados. A organização pode adotar uma ou mais das estratégias listadas abaixo:
- desenvolvimento de mercado: atuação em novos segmentos ou em novos mercados geográficos.
- desenvolvimento de produtos ou serviços: a empresa busca aumentar suas vendas com a colocação de novos produtos ou serviços nos mesmos mercados em que atua.
- desenvolvimento financeiro: união de empresas, onde uma possui ponto fraco em recursos financeiros e grandes oportunidades e outra possui ponto forte em recursos financeiros e baixas oportunidades.
- desenvolvimento de capacidades: união entre uma empresa na fase de manutenção com outra na fase de crescimento.
- desenvolvimento de estabilidade: trata de uma associação, fusão entre empresas que buscam solidificar e uniformizar suas evoluções.
- diversificação: é a estratégia mais forte do desenvolvimento de uma empresa, conforme Rebouças (2010). Divide-se em:
- horizontal: compra ou associação de empresas similares;
- vertical: produção de novos produtos ou serviços, mantendo mesmos fornecedores de matéria-prima e clientes finais;
- concêntrica: diversificação dos produtos, aproveitando a mesma tecnologia ou força de vendas, aumentando a quantidade de produtos ofertados no mesmo mercado.
- conglomerada: a empresa não nem a mesma tecnologia e nem a mesma força de vendas. O risco por parte da empresa é menor, pois acaba se envolvendo em diversos ramos diferentes;
- interna: os fatores internos são predominantes neste tipo de diversificação, onde não há muita influência dos fatores externos.
- mista: quando a empresa apresenta mais de um tipo de diversificação.
Resumo da análise externa e interna
Podemos resumir a análise interna e externa com a matriz SWOT apresentada da seguinte forma: